sexta-feira, abril 22, 2005

UM TEXTO PESSOAL

Aviso Importante: Esse texto não é sobre séries de TV!
DEVANEIOS DE UM (PSEUDO)ESCRITOR SOBRE A ARTE DE COMPOR
(DECIFRA-ME OU TE DEVORO)

Por Pablo Cruz Vieira

Hoje peguei em minha pena com um inexorável desejo de dizer o inexprimível. De mostrar o que todos ocultam. De falar sobre o que nenhum escritor fala. Afinal, eu posso! Sou um (pseudo)escritor e estes são meus devaneios. Para o leitor mais desavisado, vou logo avisando, nesse texto vou falar sobre: COMO ESCREVO. Isso mesmo, vou revelar minha fórmula secreta da Coca-Cola, ou melhor, a fórmula secreta da minha escrita.
Para começo de conversa é preciso deixar uma coisa bem clara: ESCREVER É FÁCIL!!! Sim, é isso mesmo o que você acabou de ler! Escrever é fácil, e quem disse que é difícil??? Basta apenas um pré-requisito: ser alfabetizado (o que é um processo bem mais complicado porque, para isto, outros fatores entram na jogada, tais como: o econômico, o social, o cultural etc., etc., etc.). Uma vez alfabetizado, a escrita se torna fácil para (pasmem!), até mesmo, uma criança.
Porém, um ponto é preciso deixar claro: o difícil no processo da escrita é... escrever bem. Para isso tem que escrever um texto coerente, objetivo, saber organizar suas idéias e mais todo aquele lenga-lenga didático que estamos cansado de ver nas aulas de redação da escola ou do cursinho. Poucos conseguem isso com êxito. Eu, graças a Deus, sou um não-escritor, não me preocupo com as idéias, não quero ser coerente, objetivo e blá, blá, blá. Eu quero, na verdade, ser um opinador. Uso minha pena para dizer a minha verdade. E quem não contar sua própria verdade em sua escrita, por favor, atire a primeira pedra.
Ser um não-escritor tem lá suas vantagens. Não me preocupo em ser imparcial, não tenho a responsabilidade de escrever bem e (o melhor de tudo) escrevo o que sinto, penso e acredito sobre determinado assunto. Não moldo meu pensamento à tiranas e convencionais regras normativas que exigem escrever deste ou daquele jeito. Antes melhor me alcunhar de impressionador, uma espécie de impressionista/observador. Minhas verdades são relativas, por isso mesmo, meus escritos não são referenciais de algo absoluto, feito, acabado. Imprimo minha impressão, minha crença, meu conhecimento no que escrevo. Sou um opinador por natureza. Guio o leitor, sim, guio você, leitor, para minha verdade, afinal, não conheço outra. Deixo trilhas, migalhas de pão no caminho, não deixo o leitor escapar pela tangente.
Meu texto é minha opinião. Ingênuo o que pensa o contrário. E tolo quem imagina construir um texto desimpregnado do seu próprio eu. Por isso mesmo, colocarei um fim na idade da inocência. Graças a Deus, sou um não-escritor consciente. Meus textos são infestados de mim. Sou culpado por guiar, conduzir a pessoa à minha verdade. Este é meu segredo, este é meu texto e você, estimado leitor, é meu cúmplice.

4 comentários:

GGUEDES disse...

Pablo,
Sinto em lhe informar, mas você é um escritor. Talvez da linha de Lispector, que impregna tudo consigo mesmo. Mas, isso é ótimo! Onde mais teria Tolkien senão em O SENHOR DOS ANÉIS? Post perfeito. Ou, não seria Macbeth considerando sobre o significado da vida, o verdadeiro Will Shakespeare?

GGUEDES disse...

Pablo,
Atualiza os blogs! Faz um sinal de fumaça, manda notícias...
Beijos e namarië.

Iris Taína Daval de Oliveira disse...

Oi...Amor,
To aki pra comentar...dizer que esse seu é mto bom e que querendo ou não vc realmente é um escritor -e dos bons.
Mas,tbm esotu aki pq agora tenho um blogspot tbm.
O meu weblogger travou...andou cheio de problemas e resolvi fazer um novo.
Depois passa por lá,ok?
Bjinhosss..
T.Amo.

GGUEDES disse...

Cadê você?