domingo, outubro 26, 2008

Um Artigo a ser criticado (ou para ser lido)

Há muito, muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante, eu escrevia num jornal universitário intitulado IN-CULTU. O tempo passou, a minha vida mudou, mas parece que algumas coisas continuam da mesma forma ou, até, pior. Naquele tempo, escrevi um artigo sobre como os universitários brasileiros liam pouco... Pra meu espanto, parece que essa afirmativa continua sendo verdade, de qualquer maneira, estou reproduzindo esse artigo, não por causa da nostalgia e do orgulho que tive ao escrever isto, mas porque uma pessoa que conheço pensa que a universidade (pública) só é lugar para «intelectuais», cabeças privilegiadamente pensantes e blablablá... de difícil acesso... Besteira, né? Esse artigo é para você (que sabe quem é). Não pense que algo é impossível, somos do tamanho dos nossos sonhos quando realmente persistimos ao tentar alcançá-los, ao torná-los realidade. Acredito em você, porém, é preciso você primeiro acreditar realmente em você e correr atrás. Vou estar aqui torcendo por isso… sempre.


UM ARTIGO A SER CRITICADO (OU PARA SER LIDO)

por Pablo Cruz Vieira (escrito em maio/2001)

Os Universitários Brasileiros não lêem. Com esta premissa começo meu artigo. Muitos me tomaram como um «radicalzinho esquerdista desordeiro», enfim, um intelectualóide nostálgico dos anos 60, época em que os estudantes liam… e muito; outros nem terão um conceito de minha pessoa, pois, eles, como sempre, não irão ler este artigo. E alguns dirão: «ele tá sendo radical demais ao afirmar isto, não é bem assim…”
Pois é, eu quero é isso. Eu quero polemizar! Quero ser ouvido! Quero falar algo que acontece mas ninguém debate. Afinal, não somos «a elite intelectual brasileira»? Não somos «os cérebros privilegiados», «as cabeças pensantes»? Não arrotamos por aí (ou alguém faz isso por nós) que o destino da nação está em nossas mãos.
Em primeiro lugar deve-se deixar claro: as idéias transformam o mundo, nossa sociedade, a realidade que nos cerca.
E para obtê-las é preciso ler, criando assim um embasamento teórico para fomenter a discussão sobre nossos problemas e chegar a resultados práticos. Harold Bloom, importante crítico literário norte-americano, numa entrevista à revista Veja, já decretava: “Eu diria que uma democracia depende de pessoas capazes de pensar por si próprias. E ninguém faz isso sem ler.»
Porém, apesar do exposto acima, a nossa geração universitária (e me incluo nesse “hall da fama”) está impregnada por uma “letargia”, um total desinteresse de buscar, procurar, aprender. Ninguém lê, ninguém discute. Hoje em dia, os jovens buscam soluções fáceis, fórmulas prontas «ruminadas» por outrem. Ao invés de ler um bom livro, preferem ver a adaptação cinematográfica do mesmo; para nos informamos, abrimos mão da leitura de revistas de informação e opinião, bem como de periódicos de credibilidade, e vamos assistir ao Jornal Nacional.
É a lei do menos esforço. É a falta do hábito de ler.
Conseqüência: o despreparo. Não temos idéias, não conseguimos sustentar nossos pontos de vista, nossas crenças. Nem ao menos conseguimos, de uma maneira satisfatória, emitir nossas opiniões.
A redação no vestibular é um bom exemplo de como a falta de leitura influencia diretamente o ato de escrever e a nossa própria vida. Nós, jovens, nos afligimos diante da folha de papel em branco – o desespero e o embaraço são notórios. «Como colocarei minhas idéias no papel?», «Como argumentarei?», «Como tornarei claras as minhas idéias?” são perguntas recorrentes dos futuros universitários brasileiros. A resposta é simples e única: o ato de ler precede o de escrever.
Eu, enquanto universitário e cidadão B-R-A-S-I-L-E-I-R-O, quero ler, discutir, analisar, interpretar, aprender e ensinar. Enfim, quero colher todos os frutos originários do simples, singelo e, por isso mesmo, mágico «ato de ler». Quero me tornar um agente ativo/modificador da minha sociedade, da minha oprimida e injusta sociedade.
Pois é, sei que agora, ao final deste artigo, muitos me criticarão; outros, como escrito no início deste texto, nem o lerão. Mas encarem estas mal traçadas linhas como um desabafo, um ´GRITO´ contra a letargia que tomou conta de nossa tão «exaltada elite intelectual brasileira»: o universitário. É um fato: não lemos e, devido a isso, não teremos boas idéias e não mudaremos o que achamos injusto, abusivo, exploratório.
Caso não me levem a sério, não me decepcionarei. Conheço a minha geração. Caso queiram levar em conta estas minhas divagações, critiquem, polemizem, discutam e, sobretudo, leiam, afinal, este é um artigo a ser criticado... ou para ser lido.

Agradecimentos à Paulo (meu pai), Conceição (mainha), Olga (minha vó), Mário de Andrade, (Harold) Bloom e Thoreau.
P.S. «Ler para viver» (Gustave Flaubert)
/ “Ler é a arte de desfazer nós» (Goethe)

quarta-feira, outubro 22, 2008

A Vida, o Universo e Fernando Pessoa...

Não gosto muito de me queixar da vida, até porque perdemos muito tempo fazendo isso e esquecemos do mais importante: viver! Só que tem horas que é f.... Sorry, pela minha escolha lexical chula. Mas a vida tem horas que é f... mesmo. Nestes momentos temos que recorrer as artes, abrigo seguro e reconfortante para as almas desnorteadas, para buscar sentido em coisas que nos acontecem e não conseguimos compreender o porquê delas acontecerem.
Pois é, hoje foi um dia daqueles. Tive que pensar num abrigo, em palavras sábias e inspiradoras para, mesmo sabendo que tem muita coisa que tá uma m....., poder enfrentar os obstáculos e superá-los e, ainda por cima, saber que tudo faz parte de um aprendizado e que a caminhada era necessária.
Não deu outra, lembrei de Fernando Pessoa e sua poesia. Fui remexer um livrinho dele de poucas páginas que, no entanto, contém mensagens tão complexas como a vida. Em “Mensagem”, mas especificamente no poema “Mar Português”, Pessoa escreve:
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
....
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Pessoa no momento de inspiração divina escreve isso! Apesar dos perigos, sempre há beleza. Apesar da tristeza, sempre há alegria. Apesar da incredulidade, sempre há esperança. Nossas vidas têm perigos e abismos mas também possui a beleza da criação divina.
Estou um pouco chateado agora, porém, sei que minha alma não é pequena, meu coração muito menos. Tudo tem sentido. Tudo faz parte da difícil caminhada de se tornar um ser humano melhor. Nesse instante, tenho certeza que tudo vale a pena e fico feliz de poder pensar dessa forma.
Carpe Diem.

segunda-feira, outubro 20, 2008

Flamengo 1x 0 Vasco

Mais uma vez, ganhamos do Vasco! Excelente. Ainda mais porque estamos apenas 4 pontos do líder. Temos que ser campeões. Precisamos. Semana que vem, se Deus quiser, estaremos em Salvador, torcendo pro Flamengo. Vamos invadir o Barradão. É a Fla-Jequié, torcida (da qual faço parte) que agora vai ser reconhecida pelo CRF (Clube de Regatas Flamengo) no dia 15/11/2008. Vamos lá, Mengão, rumo a mais um título!!!

sábado, outubro 18, 2008

Dia 19/10: Dia da Fernanda

Como vocês (pouquíssimos leitores do meu blog) podem ver, esse é um post específico, diferente e especial. Peço licença à todos (que não são muitos, rsrsrs) para homenagear uma pessoa especial. Parabéns, Fernanda, por mais um ano de vida. Muita saúde, paz, felicidade para você e sua família.

O aniversário sempre é uma data cercada de significados. É a celebração da vida, a confirmação, o recomeço, a oportunidade, a felicidade, a confirmação de que existe Deus e Ele está olhando por nós e de que existem pessoas que lembram de nosso aniversário e se sentem felizes por nós existirmos. Sou uma dessas pessoas que está lembrando de seu dia e se sente feliz por você existir. Sei também que sou mais uma pessoa das muitas que te acham especial. Então, celebre junto com sua família, seus amigos e todas pessoas especiais para você. Seja do jeito que te conheci e, durante sua vida, acrescente mais virtudes, sempre busque melhorar como ser humano. Esta busca é incessante e recompensadora.

Para terminar este post, gostaria de dedicar pra você, Nanda, uma mensagem. Na verdade, esse pensamento norteia minha vida e quando fico desanimado, sempre corro para ler. Foi escrita por Theodore Roosevelt.
"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota."
Ah tem mais, 2 músicas que você gosta muito. Beijo. Se cuida. Felicidades, sempre!
My Immortal (by Evanescence)

You and Me (by Lifehouse)

quarta-feira, outubro 15, 2008

Descobrindo bandas...


De vez em quando é bom ouvir bandas novas ou bandas que você não conhecia até o momento. Ultimamente, estou fazendo isso com mais freqüência. Não sei se é porque estou meio cansado de ouvir as mesmas músicas ou se é o prazer de fazer uma descoberta, ouvir algo desconhecido. Anyway, na jornada para buscar novos sons, novas bandas, descobri algumas coisas boas. Nesse post, só vou indicar uma: a banda de rock chamada Augustana. Nome estranho para uma banda de rock, né? Acho que é latim e parece um termo usado na época da inquisição ou quando as missas eram cantadas, faladas em latim, sei lá. Só sei que ainda não sei o significado de tal termo e vou fazer de tudo para saber. Eu sou assim, para gostar por completo, tenho que conhecer por completo também, ou quase tudo, rsrsrs.

A banda é boa, tem quase sempre um pianinho para dar um toque de classe a música (a cereja do bolo), é legal. Umas músicas agitadinhasmisturadas com umas baladinhas, sem ser uma Brastemp, a banda consegue criar bons momentos, com uma musicalidade, se não original, pelo menos um pouco marcante.

Para os ouvidos ignatos, recomendo começar com a música "Boston", carro-chefe da banda. O resto vai ser sua própria descoberta. Ah, tenho ouvido esta música freqüentemente talvez porque ela fale sobre a necessidade que o ser humano tem de mudar, mudança comportamental ou física (que, no final das contas, vai dar na mesma).

Tá aí, mais uma dica de Pablo e não tô cobrando nada por isso, rsrsrs.

Ah, Fernanda, desde já, parabéns pelo seu dia. Um dia mais que especial.

P.S. encontrei o significado de Augustana. Vem do latim mesmo e quer dizer "grande, venerável".